terça-feira, 21 de outubro de 2014

Resenhando: O Menino dos Fantoches de Varsóvia

Olá, Galerinha :3 Hoje eu estou aqui para trazer à vocês mais uma resenha. O Menino dos Fantoches de Varsóvia faz parte do Book Tour do Arca Literária o/ Eu escolhi primeiramente por conta da sinopse. Eu achei intrigante. E nada melhor do que ler um livro com este sentimento. Só o nome nos faz querer saber que história é essa o/ Vamos lá para a Sinopse, Resenha e depois saber o que eu achei? *-*

Autora: Eva Weaver
Editora: Novo Conceito
Páginas: 396
Sinopse

Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de marionetes – um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo...
O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado.
Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança...

______________________________Resenha______________________________

Mika já era um senhor, morava em Nova York, e estava caminhando com o seu neto Daniel de apenas 13 anos. Durante o passeio Mika nota um pôster com os seguintes dizeres:  Os Meninos dos Fantoches de Varsóvia - Um Espetáculo de Fantoches. Naquele momento Mika não entendeu muito bem se o que tinha lido era verdade. Tantas memórias brotaram em sua mente, e, por um tempo, ele ficou perdido no passado. As lembranças de um velho casaco, de fantoches e crianças vieram em sua mente. E já que as lembranças estavam de volta, com tanta intensidade, porquê não contar a sua história ao seu neto?
"- Danny, os soldados nunca descobriram o mundo secreto que havia dentro de meu casaco, nunca perceberam os bolsos dentro dos bolsos. Veja, este casaco tem sua própria magia. Mas deixe-me começar pelo começo. Vou lhe contar exatamente como tudo aconteceu".
Era o ano de 1938, quando fora confeccionado um casaco para o avô de Mika. Eles moravam em Varsóvia junto com a mãe de Mika. Seu avô, fora promovido a professor, e estava comemorando com o casaco novo. A guerra chegou para eles em 1939. Começou primeiro com um bombardeio, depois os judeus foram proibidos de ir para a escola, não podiam mais ter empregos, tinham que andar com uma braçadeira branca com uma estrela de Davi azul. Até que todos os judeus foram retirados de suas casas e enclausurados em guetos.
"Nós, judeus, fomos transformados em bodes expiatórios por muito tempo, e a propaganda ideológica antijudaica, com pôsteres feios e espalhafatosos que nos comparavam a piolhos transmissores de febre tifoide, cuidava do resto".
Foi nesta época que o avô de Mika começou a fazer pequenos compartimentos dentro do casaco, pequenos bolsos, que poderiam conter muitos tesouros escondidos. Um labirinto, onde somente ele sabia onde se encontrava cada coisa. Quando o seu avô morre, - não é spoiler, está na sinopse. - Mika fica com o casaco e começa a descobrir o que o avô guardava nos bolsos. Mas, em um dia, ele entra no estúdio do avô e encontra aquilo que lhe manteve com esperança, são e vivo até o final da guerra: Os Fantoches. 

As apresentações que Mika fazia com os fantoches trazia comida para a sua família, - sua mãe, sua tia e dois primos que vieram morar com ele no gueto -, ele os deixava escondidos nos bolsos do casaco. E, por conta dos fantoches, um dia o caminho de Mika se cruzou com um soldado alemão. Um encontro que obrigou Mika a fazer coisas que ele não queria, mas, neste tempo, ele encontrou uma solução para salvar a vida de algumas crianças. A vida de Mika e a do soldado nunca mais foram as mesmas. 

______________________________O que achei?______________________________

Nossa! Como é complicado falar sobre algo que a gente gosta, não é? Acho que eu poderia contar a história todinha do livro para vocês. Sabe aquele livro que você sente o coração amolecer somente de colocar os olhos? Pois bem, este é o efeito que o livro O Menino dos Fantoches de Varsóvia está tendo sobre mim. A história é completamente fantástica! Incrível, Fascinante! Os personagens do livro são encantadores e você torce para todos. Pode ser que lendo a sinopse as pessoas achem a história muito simples. Um menino que tinha fantoches dentro de bolsos no casaco. Pois é dessa simplicidade que a complexidade acontece. 
O livro está dividido em três partes. Primeiramente conta a história de Mika, depois a história do soldado, Max, e em terceiro não irei falar :D Se não é Spoiler hahaha 
Foi uma história muito bem planejada, estudada e escrita. Eu não vi nenhum ponto negativo. Parecia ser tudo tão real. Acredito que possa ter existido alguém que nem Mika, que trazia alegria para as pessoas no tempo da guerra. O Holocausto foi uma coisa desastrosa, desumana e terrível. E acredito que as pessoas que passaram por isto, elas, de uma certa forma, mudaram. Tanto os soldados quanto os judeus. Todos mudaram.
"Acredite, eu tentei esquecer Varsóvia. Mas, ao entrar neste novo mundo, aprendi que ninguém nunca será capaz de se separar do próprio passado, de suas próprias memórias ou da terra sobre a qual aprendeu a andar. Assim como o sangue que flui por nossas veias, nossas memórias continuam a viver profundamente dentro de nós, entalhadas como hieróglifos em nossas almas".
A diagramação é linda de morrer. Perfeita. Uma coisa também... Quando eu li o prólogo não entendi muito bem sobre o que estava falando, mas quando vim escrever a resenha eu fiquei com um sentimento tão gostoso enquanto lia *-* Se você for ler, quando terminar, volte ao prólogo, e leia mais uma vez, só que agora, com um sentimento totalmente diferente do início.
Não queria terminar de escrever, pois, sinto que por mais que eu escreva, eu não irei conseguir passar tudo o que senti com a leitura deste livro.

Achei uma quote muito boa. Um questionamento para os soldados, e a população alemã, que se achavam superiores aos judeus...
"Mas não tínhamos todos a mesma biologia? Um coração que batia, pulmões, sangue vermelho e quente?".
Bom, eu espero que tenham gostado dessa resenha supeerrrr enorrmmeee :D 

4 comentários:

  1. Olá Jéssica, olha eu aqui de novo, a sinopse não me chamou muito a atenção não, mas sua resenha me deu uma vontadinha de ler, é bom quando não achamos pontos negativos em livros, é raro, mas é ótimo. Tem post novo lá no blog, apareça lá.

    Abraços,

    J. A. Santos

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  2. Parece triste, mas muito profundo e bonito! Fora que a autora deve ter feito um laboratório muito bom para ser tão realista assim na narração e detalhes dos fatos - pelo o que você diz, claro.
    Com certeza lerei :)

    Bjs!
    https://alamedaliteraria.wordpress.com/

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