Bom, pessoal estou aqui para compartilhar com vocês um dos livros que mais me emocionaram no ano de 2014 - sim, a resenha está atrasada -, que pela primeira vez na vida me vi chorando dentro do ônibus. E, eu espero que ninguém tenha ficado preocupado comigo lá hahahaha tentei chorar discretamente. O livro que irei falar hoje nada mais é do que o amor de um neto eternizado em palavras. E foi cedido pela Editora Belas-Letras.
Sinopse:
COMPARTILHAR A DOR NÃO É SOFRÊ-LA NO COLETIVO, É LIVRAR QUEM DELA SOFRE. Durantratave um ano, um neto largou tudo que tinha – o emprego, a carreira, os estudos – para se dedicar integralmente à avó, diagnosticada com Alzheimer. Convivendo com a divertida, bonachona e, claro, sempre esquecida vovó Nilva, o neto Fernando, um jovem aspirante a filósofo com um talento epistêmico para a comunicação, aprenderá uma lição de vida que doença nenhuma pode apagar. Uma história real que emocionou o Brasil e vai fazer o leitor rir e chorar, mas nunca mais se esquecer dela. Porque o amor não é uma lembrança; é uma regra da alma.
{Resenha}
Logo no início somos introduzidos pelo autor sobre o que se trata o livro. Que o livro não se tratava meramente sobre uma doença que amedronta tantas pessoas e sim, sobre o amor de um jovem aspirante a filósofo - o Neto -, por uma senhora italiana de gênio forte - a Avó. A descoberta da doença, Alzheimer, foi em 2008. E Fernando fez o que muitas pessoas desconhecidas do assunto iriam fazer. Ele foi procurar na internet casos e algum tipo de auxílio. O que encontrou foi terrivelmente desanimador. E a maioria terminava dizendo que a família deveria abandonar o idoso. O que fez com que Fernando fizesse ao contrário. Ele trancou a faculdade e abriu mão da empresa que estava construindo. Era hora de retribuir o cuidado que recebera de sua avó quando mais novo.
"Mas, muito além disso, este livro fala da relação entre uma avó e um neto, uma amizade com base em um amor incondicional que, no final da vida, acaba por vencer todos os obstáculos, mesmo aqueles que vêm para devastar o que temos de melhor, as nossas lembranças".
Os capítulos seguintes irão falar sobre a vida da Vó Nilva. De sua infância interrompida por ter que ajudar com as despesas da casa, indo trabalhar aos treze anos em uma fábrica de tecelagem. E de sua ida para Porto Alegre, anos depois, onde conhecera o grande amor de sua vida. E a pessoa com quem tivera uma filha, mãe de Fernando. A dificuldade estava presente na vida de Nilva, porém, ela era uma mulher de gênio extremamente forte. Que conseguiu criar sozinha a sua filha, mas não se deixava abalar. Depois de alguns anos e com uma melhor situação financeira, ela se aposenta e passa a viajar e realmente curtir a vida - depois de tantos anos de trabalho -, com o grupo da terceira idade. Porém, ela iria largar tudo com a chegada de seu neto.
"Foi com esse grupo que ela passou a 'zoar com a galera', mas, mesmo assim, tomou a decisão de abandonar tudo e aceitar o novo período que a vida lhe oferecera: o de avó. Tenho muito orgulho em dizer que esse neto sou eu - ESSE CARA SOU EU! Em novembro de 1991, chego ao mundo com um temperamento quase tão irredutível quanto o de minha avó, com quem desde sempre tive uma afinidade gigantesca".A partir deste momento eles estariam sempre juntos. Até mesmo quando a doença apareceu e tudo pareceu desmoronar.
{O que achei}
Essa é a parte que eu curto escrever bastante. É com ela que eu consigo me expressar mais. Como eu já disse antes, este livro me emocionou muito. A forma que Fernando escreve é realmente muito bacana. Ele nos conta de sua experiência, de sua fase de aceitação. Nos diz o que deveríamos fazer em determinado momento. E que a pessoa com Alzheimer ela não tem culpa do que está acontecendo. Ela irá precisar de toda a ajuda do mundo. E muitas vezes ela não irá entender o que está acontecendo. Ela irá se tornar novamente uma criança, que precisa de atenção e cuidado. Quando somos crianças recebemos todo o apoio de nossos pais, e depois, eles podem precisar de nossa ajuda. É uma forma de retribuir o carinho que recebemos.
Algo que ele diz que se deve levar em conta é que a pessoa com Alzheimer deve sentir que ainda pode fazer as coisas. Imagina só: Uma pessoa que estava acostumada com a independência agora precisa ter ajuda para muitas coisas! E isso termina se tornando frustrante. A pessoa que está cuidando da pessoa com Alzheimer deve ter paciência e deixar que ela tente fazer as coisas sozinhas. Mostrar que ela ainda - em alguns casos - pode ser independente.
Há a introdução de pequenos diálogos com a Vó Nilva entre um texto e outro. O que me fazia rir muito. E foi essa a tática que Fernando usou para tornar aquilo mais fácil para todos, principalmente a sua avó. O riso. Situações que poderiam ser embaraçosas se tornavam em comédia. Ele começou a postar sobre a sua avó no face e as pessoas começaram a simpatizar por Vó Nilva. Tanto é que ele criou uma página no facebook. E muitas pessoas passaram a acompanhar os dois. Dentro do livro também tem muitas e muitas e muitas fotos de toda a família de Fernando. Principalmente de sua avó.
"A vó acordou no escuro e sentou na cama, eu vi pela câmera da babá eletrônica e fui lá ver o que tinha acontecido. Quando cheguei no quarto sentei de leve em silêncio na cama ao lado dela para não agitá-la, quando...Vó: NÃÃÃÃÃÃ, CUIDADO!
EU: AI, MEU DEUS, O QUE EU FIZ?
Vó: OS GATOS, TU SENTASTES NOS GATINHOS?
EU: MEU DEUS, EU SENTEI NOS GATOS, MÃE, EU SENTEI NOS GATINHOS!
Vó: Ué, cadê eles?
Eu: Pera aí, vó. A GENTE NÃO TEM GATOS! DE QUE GATOS A SENHORA ESTÁ FALANDO?
Vó: CLARO QUE TEM, eles estavam dormindo aqui comigo!
Eu: BOA NOITE.
Vó: Ué.
Eu: Que susto, pelo amor de Deus, tem necessidade?"
"Estou na cozinha e a vó no quarto vendo TV, daí ouço uma notícia sobre um tiroteio nos EUA:Eu: Vó, o que passou ali na TV?
Vó: Quando?
Eu: Agora no noticiário!
Vó: Ah, tu vistes? Que horror!
Eu: Não, eu estava na cozinha, ouvi mais ou menos, o que houve?
Vó: Uma freira.
Eu: Oi?
Vó: É, uma freira bateu numa guria. Elas não podem brigar!
Eu: Tá brincando, né?
Vó: Claro que não pode, ela é freira, ora bolas.
Eu: EU SEI QUE FREIRAS NÃO PODEM BATER NAS PESSOAS, MAS NÃO FOI ESSA NOTÍCIA QUE DEU!
Vó: Foi sim.
Eu: Tenho QUASE certeza que ouvi falar sobre tiroteio nos Estados Unidos.
Vó: Tá ficando louco.
Eu: Vai ver que estou mesmo".
Este foi um livro que adorei conhecer. Cada parte dele é recheado de ensinamentos e amor. Em cada cantinho dele. Eu já sabia que iria me emocionar com a história. Como você iria lidar com a doença se fosse alguém da sua família? Eu realmente não sei o que faria se a minha avó estivesse com Alzheimer. É algo extremamente delicado, mas,que pude ver, pode ser levado com sutileza. Fernando disse que as famílias não saem com as pessoas com a doença, pois não há necessidade, já que ela irá esquecer disto depois de algum tempo. E, isso é errado. No livro ele conta de como era gratificante levar a avó para um passeio, de como ela ficava feliz, até mesmo quando ela esquecia. Ela continuava feliz, mas não sabia o motivo. Mas estava feliz.
Eu tive a chance de conhecer o autor no ano passado. Ele estava aqui em Recife e pela primeira vez eu iria ficar cara a cara com um autor. Fiquei extremamente sem saber o que fazer e falar. As pessoas estavam conversando e eu virei para o meu pai - sim, eu fui com o meu pai :D - e disse:
- Pai, as pessoas estão conversando! O que eu vou falar?
hahahahahahaha
Ai, ai.
Enfim, ocorreu que foi bastante tranquilo.
Fernando é uma pessoa extremamente do bem e eu terminei fazendo algumas perguntas. E depois, terminei voltando para fazer mais perguntas. Terminou que foi feita uma rodinha com algumas pessoas que estavam lá e ele contou de sua experiência e as outras pessoas também. Eu não tenho ninguém na família com Alzheimer, mas eu aprendi bastante.
Há vários graus da doença. Primeiramente é o esquecimento, mas, podem levar a perda da coordenação motora. Dependendo do estágio.
E que já existe uma medicação que se a pessoa tomar logo no início os sintomas, ou a doença, irá demorar a se desenvolver. E pode até mesmo deixar o estágio da doença parado.
Entre outras coisas.
Bom, o post ficou extremamente gigante! Não pensava que iria ter tanta coisa para falar :o
Espero que tenham gostado e que coloquem este livro na estante de vocês.
Vale muito a pena.
Gosto de livros assim que deixam uma mensagem para o leitor. Eu gostei muito da sua resenha e fiquei curioso pelo livro.
ResponderExcluirVocê também é de Pernambuco? ♥♥♥ Recifense o/ Moramos perto, hehe.
Gostei do teu blog. Estou seguindo e curtindo a fãpage.
Abraço, www.likelivros.blogspot.com
Ooi,
ResponderExcluirAh que lindo *-*
Resenhas foto, opinião, tudo!
Eu não li esse livro mas me chamou atenção desde quando lançou, mas eu tava em uma semana meio depressiva e acabei passando a leitura.
Acho que esse livro é cheio de ensinamentos lindos o que me deixa morrendo de vontade de fugir da minha zona de conforto para ler.
aaah a foto ficou linda!
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Oi! Tudo bom?
ResponderExcluirNossa, fiquei com muita vontade de ler esse livro. Pois tenho uma ligação bem forte com minha avó.
Livros que deixam ensinamentos são os melhores, né?! Melhor ainda é conhecer o autor, haha!
Ótima resenha!
Beijos,
www.falandoemlivros.com
Oie Jéssica! ^^
ResponderExcluirSó de ler a sua resenha já fiquei emocionada e os pequenos Quotes que Você selecionou só fizeram eu ter a certeza que quero ler esse Livro! Não sou muito de ler histórias reias mas essa vou ler! Sou muito chorona, por isso evito!
Mas esse Livro foi feito com tanto carinho que vale chorar! *-*
Beijos e até logo! ^^
https://worldofmakebelieveblog.wordpress.com/
Oi Jéssica, fiquei encantada com o livro. Tinha uma paixão imensa pelos meus avós, então a história me tocou. Quero muito ler e conferir como o Fernando fez dos dias difíceis da sua avó dias maravilhosos.
ResponderExcluirBeijos
Porão da Liesel
Fan page
Oi Jéssica. Tudo bem? Adorei a resenha. Realmente o post ficou gigante, mas você conseguiu externar todo o amor e sentimentos que sentiu enquanto estava lendo. Não sei o que faria se tivesse uma pessoa próxima assim com essa doença. Sou extremamente sem paciência, teria de rezar a Deus por calma! kkkk Ri muito com o último diálogo que você transcreveu. Ja o coloquei na minha listinha de indicações para comprar. Obrigada pela resenha. Bjoks da Gica.
ResponderExcluirumaleitoraaquariana.blogspot.com
Oi Jéssica,
ResponderExcluirO livro parece ser muito lindo, já estou apaixonada por ele, eu também sou meio apegada com minha avó, sempre que eu posso eu vou na casa dela, já pedi até e pra morar com ela, mas minha mae disse que não, fazer o que né?
Ai eu nunca encontrei um autor assim de perto, deve ser um momento muito emocionante, a capa do livro é muito bonita e eu já quero ele.
Mayla
http://meulivromeutudo.blogspot.com.br/
Esta é realmente uma doença que inspira cuidados. Nunca me imaginei tento que conviver com uma pessoa que dependa de mim totalmente, que precisa ser constantemente vigiada para que nada de mal possa lhe ocorrer.. E não se preocupe com posts grandes, quando um livro mexe conosco, é difícil resenha-lo de forma contida.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Beijiinhos ;*
Andressa - Blog Mais que Livros
Olá
ResponderExcluirEu certamente lerei porque fala de uma coisa muito bacana: as relações familiares. O pano de fundo da doença da avó dele tamba a tenção, principalmente porque recentemente assisti um filme sobre Alzheimer e que me fez refletir muito sobre o quão maléfica essa doença é. Parabéns pela resenha!
Abraço!
www.umomt.com
Olá.... Não conheço muito a doença, porém sei que deve ser uma barra se tem alguém da familia assim... eu não leria o livro porque não curto muito esse tipo de leitura, mas tudo o que você disse na resenha eu achei bem válido, porque acho que mesmo que a pessoa tem essa doença, ela não deixa de viver por isso... devemos sim dar todo o nosso apoio e amor... para que ela possa ficar bem da melhor maneira possível.... Xero!!
ResponderExcluirOlá, não conheço ninguém que tenha a doença, mas imagino como deve ser frustante para a pessoa e difícil de lidar para a família, gosto do livro mostrar que de uma forma leve e descontraída você consegue ajudar e cuidar das pessoas que tenham a doença.
ResponderExcluirVisite o blog "Meu Mundo, Meu Estilo"
Oi Jéssica.
ResponderExcluirJá li outras resenhas desse livro, e adorei o que ele propõe.
Deve ser muito emocionante acompanhar essa trajetória de um neto demonstrando todo seu amor e retribuindo a vó toda a dedicação.
É claro que é um enredo que mexe com o leitor, uma história que merece minha atenção, vou ler assim que possível.
Beijos.
Leituras da Paty
ResponderExcluirOlá,
Não conhecia o livro, mas confesso que gostei muito do foco dele, parece ser uma leitura bem interessante e enriquecedora.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Olá Jessica!
ResponderExcluirAdorei sua resenha. Este livro parece ser daqueles que tocam nossa alma e nos ensina algo muito importante. Além do mais, por se tratar de um assunto delicado mas com humor e personalidade.
Você comentando como foi conhecer o escritor me lembrou minha primeira experiência, e ela foi justamente com o Marcelo Tas. Imagina a situação kkkk.
Abraços
estantejovem.blogspot.com.br
Oiii
ResponderExcluirEu li esse livro e também me emocionei muito, e ri bastante também com algumas travessuras da vó Nilda! É um livro que todos deveriam ler.
Parabéns pela resenha!!
Beijos
http://www.sacudindoaspalavras.com.br
Olá! Não conhecia o livro e fiquei muito muito MUITO interessado em ler! A história parece ser engraçada, emocionante e cheia de lições de vida! Sua resenha está ótima, adorei quote do tiroteio nos EUA. morri de rir kkk
ResponderExcluirxoxo
Visita lá Bookmore