quinta-feira, 19 de março de 2015

Resenhando: Mar da Tranquilidade.

Oi pessoal, tudo bom? Espero que sim. O livro que irei resenhar hoje foi um livro que me chamou a atenção primeiramente por conta da capa. Achei legal essa ilusão causada pelo sorvete derrubado. Os dois rostos. Foi assim que eu me aproximei deste livro. Fiquei intrigada também com a história. O que seria esse Mar da Tranquilidade?


Sinopse:

Mar da Tranquilidade - Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.
A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida.
À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde – ou se é isso mesmo que ele quer.
Eleito um dos melhores livros de 2013 pelo School Library Journal, Mar da Tranquilidade é uma história rica e intensa, construída de forma magistral. Seus personagens parecem saltar do papel e, assim como na vida, ninguém é o que aparenta à primeira vista. Um livro bonito e poético sobre companheirismo, amizade e o milagre das segundas chances


Nastya odeia a pessoa que tirou a sua vida. Odeia a pessoa que destruiu a sua mão. Ela não fala. Escolheu não falar. Todos à sua volta tentaram fazer com que ela voltasse ao normal durante muito tempo, mas ninguém conseguia entender que aquela antiga vida estava acabada. Ela havia morrido anos atrás. O que importava agora era ir para um lugar onde ninguém a reconhecesse. E por isso, termina por ir morar com a tia Margot. E se matricula em um novo colégio.

Nastya explode de raiva. Cada poro dela é um ódio puro. Como não quer a presença de ninguém, ela vai para o colégio com salto alto – agulha o.o – saias curtíssimas, e uma maquiagem pesada. Espera que assim as pessoas não queiram chegar perto dela. No dia de sua matrícula ela observa um rapaz chamado Drew, e percebe que é o maior galinha da face da terra, mas que é uma pessoa bastante divertida. Ela nunca iria ficar com ele.

Ninguém tenta fazer com que Nastya fale. Nem mesmo os professores – eles eram os únicos que sabiam o que havia de fato acontecido com ela. Ela estava em paz tentando se esconder de todos na hora do almoço até que repara em um menino. Sério. Bonito. Calado. E que ninguém parece perceber que ele existe. E se ninguém se aproximava dele, por que ela deveria fazer isso? Ela não está nem ai. Não liga.
Drew – o menino do dia da matrícula – tenta de todas as maneiras jogar todas as cantadas do mundo nela. O que fazia com que ela achasse divertido estar com ele – mais por conta dele ser um babaca, do que porque queria ficar com ele. Ela não queria. É por Drew que ela descobre o nome do menino solitário. Seu nome era Josh, e estava fazendo aula de carpintaria com ela. Gradualmente a vida dos três se entrelaça de uma forma verdadeira, regada por culpa, medo, dúvidas, raiva, cumplicidade.

Bom, a minha leitura inicial de Mar da Tranquilidade começou de uma maneira lenta. Quase como se fosse uma tartaruguinha. Acho que não estava acostumada com uma leitura onde a narradora odiasse tanto tudo e a todos. Que minha nossa, ela era muito chata. Não comia, não falava, não queria ficar perto de ninguém, não queria existir. Quando eu coloquei a imagem no insta do Hora da Leitura, algumas pessoas me falaram que o livro era perfeito. Então, eu coloquei a cara no livro e ainda bem que prossegui. Cheguei em uma hora do livro em que eu não conseguia mais largar. Resultado: Ele foi devorado.

O livro é narrado em primeira pessoa sendo intercalado por Nastya e Josh. Conhecemos primeiro o motivo de todas as pessoas não quererem ficar perto de Josh, a história de Nastya perdura por mais da metade do livro até você entender o que aconteceu com ela. O que achei legal. Queria ler e descobrir o que tinha acontecido para ela dizer que havia morrido. Especulei várias coisas enquanto lia – de vez em quando ela soltava algumas coisas – e eu errei. Mas cheguei bem perto. A parte da narração de Nastya é a mais densa de todo o livro. Ela está destruída por dentro, e por fora. Ela não agradece pelos médicos terem salvado a sua vida. Ela acha que eles só a deixaram em um tormento maior. A parte de Josh era densa e ao mesmo tempo descontraída. Ele tinha os seus motivos para não querer se enturmar com ninguém. Mas do mesmo jeito, eu adorava quando ele estava narrando.

Logo no início falei sobre Drew, o amigo de Josh, que depois passa a ser amigo de Nastya. Na sinopse não comenta nada sobre ele, mas eu acho que ele é uma parte gigante na história. Mesmo sendo um completo idiota, ele, pude perceber, sabia ser um bom amigo – mesmo quando fazia besteira. É mais por conta dele que ocorre a ligação entre Josh e Nastya. E como neste livro ninguém é perfeito, mesmo com toda a pompa Drew também era um cara que estava quebrado. Assim como Josh e Nastya – só que não tanto quanto.

Falei que não gostava de Nastya no início, mas isso depois de um tempo começou a mudar. Comecei a gostar do jeito raivoso dela. Drew gostei desde o início. Ele realmente é um babaca legal. Josh é uma pessoa que não sabia se gostava ou não. No início ele era indiferente – acho que ele iria gostar disso, já que curtia ser indiferente para todo mundo – mas depois eu acho que fui sendo derretida pela pessoa maravilhosa que ele é. Aos poucos. Posso dizer que nada neste livro é forçado. São sentimentos que poderia retirar da página e fitar em minha mão. O ódio, o amor, a tristeza, amizade. É tudo autêntico.
Eu amei. Amei e amei.

 O livro é sobre duas pessoas imperfeitas. Duas pessoas que a vida fora dura demais, cedo demais. Duas pessoas que os caminhos se cruzaram pela crueldade em que foram submetidas. E que pode estar acontecendo neste exato momento, mais perto do que você imagina.
“Naquele momento, eu sei o que ele me deu, e não é uma cadeira. É um convite, uma mensagem de boas-vindas, a confirmação de que eu sou aceita aqui. Ele não me deu algo para me sentar. Ele me deu um lugar”.
 

7 comentários:

  1. Oi Jess. Tudo bem?

    Li Mar da Tranquilidade recentemente é amei. Sou das pessoas que acharam perfeito, que o livro está entre os melhores que li. Eu gostei de Nastya desde o começo, todo aquela dor dela me comoveu e também não adivinhei o que aconteceu, mas chorei quando soube. Sabe, tiraram desse menina tantas coisas, coisas difíceis. Já Josh achei um amor, acho que ele era assim no começo porque tinha medo de perder mais alguém. Se fechou para o mundo.

    O que posso falar do Drew? Melhor pessoa..rsrsrs. Também acredito que ele é de grande importância na história. Muito importante mesmo.

    É um livro que me marcou muito, que fez eu pensar em tantas coisas. É um livro bem marcante.

    Beijos
    Leitora sempre

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  2. Ola Lindona , ainda não consegui parar para ler esse livro, que bom que a protagonista mudou sua opinião sobre ela, difícil deixar de falar , expor o que sentimos, esse livro me chama atenção justamente por isso. Louca para saber como nossos protagonistas ficarão no final. beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  3. Adoro quando um autor consegue deixar os sentimentos narrados autênticos, reais. Faz com que o leitor se veja na história, consiga aproveita ainda mais a leitura e se encontrar naquele ambiente. Eu sou louca para ler esse livro mas ainda não tive a oportunidade de comprá-lo, pretendo fazer isso em breve. Sua resenha me deixou ainda mais animada.

    Beijos
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/

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  4. Oi Jessica! :)
    Tenho uma curiosidade enorme respeito desse livro, mas na época do lançamento eu estava querendo ler outros livros e acabei não solicitando ele. Pretendo comprá-lo até junho para poder fazer a leitura nas férias do meio de ano.
    Muita gente comentou a respeito da protagonista e de que, no início, a leitura é mesmo meio arrastada. Mas o importante é que melhora, né? Minha curiosidade está a mil, espero gostar!
    Beijos
    Coisas de Meninas

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  5. Oie, tudo bom?
    Eu sempre tive curiosidade em ler esse livro porque uma amiga blogueira minha indica de olhos fechados. Ela amou a história e sei que não foi só ela. Parece ser um livro cativante e muito emocionante. Pelo visto a protagonista começa chata, mas aos poucos vai emocionando o leitor. Espero ler em breve.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  6. Eu nunca reparei que tinha um sorvete caído na capa do livro haha
    Amei a sinopse e a sua resenha, parece ser um livro que vou adorar, porque gosto de histórias nesse sentido. Fiquei muito curiosa e espero conseguir ler o livro em breve. Beijos
    www.reinodaloucura.blogspot.com.br

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  7. Oi Jéssica, sua linda, tudo bem?
    Ah, mais um fisgada por esse história. Eu fui convencida a ler na primeira resenha, infelizmente ainda não comprei. Você foi a primeira pessoa que eu conheço a dizer que não conseguiu se conectar no inicio, mas depois devorou o livro, então, mais uma fisgada, risos... EU PRECISO desse livro para ontem!!!!! Já posso imaginar o que aconteceu com ela, mas não consigo imaginar o que aconteceu com ele. Estou mega curiosa para descobrir.
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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