Cedido para Resenha,
Resenhando: Vango - Entre o Céu e a Terra
Olá pessoal, tudo bom?
A resenha de hoje é sobre Vango - Entre o Céu e a Terra. Foi cedido pela editora Melhoramentos. Acho que foi o meu primeiro contato com a editora e pude perceber que eles realmente prezam pelos seus trabalhos. Vango foi um livro delicioso de ler e em cada página eu podia ver a dedicação da editora para com ele. Dedicação aos mínimos detalhes. Diagramação muito bem feita e um livro com uma história de qualidade. A capa é linda. Parece uma pintura e eu ficava olhando para ela várias vezes durante a leitura. Gostei muito dos traços e das cores utilizadas na capa. Algo que achei bem diferente foi a cor da fonte. Não era preta e sim um magenta.
Nunca tinha lido um livro no período entreguerras. Entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial. E quem já leu uma resenha minha sabe que eu curto muito livros que se passam durante alguma guerra.
Sinopse: Vango - Entre o Céu e a Terra - Salvar a pele e, ao mesmo tempo, descobrir a própria identidade. Este é o grande desafio de Vango, o jovem herói do novo romance do escritor francês 'Timothée de Fombelle'. Ao ler esse thriller histórico, ambientado no conturbado período entre as duas grandes guerras mundiais, somos impelidos a fugir com Vango pelos cinco continentes, num clima de absoluto perigo e suspense. Este rapaz órfão de 19 anos desconhece sua origem assim como desconhece a motivação do franco atirador que, além da polícia, está em seu encalço. Deparamo-nos com Vango na solenidade em que ele e outros seminaristas seriam ordenados padres na suntuosa catedral de Notre-Dame, em Paris. O assassinato do padre Jean, seu protetor, desencadeia a perseguição ao rapaz, que empreende uma fuga espetacular ao escalar nada menos do que os famosos vitrais da catedral. Essa cena é apenas um exemplo do clima de perseguição e aventura de que é feita toda a narrativa, quando acompanharemos nosso protagonista em situações e lugares improváveis - como um intruso escondido num caça da SS, galopando nas Terras Altas da Escócia, dependurado num vulcão italiano ou sobrevoando o Brasil e vários outros lugares num zepelim. O fracasso em não ter sido ordenado padre deixa nosso herói arrasado, mas a jovem Ethel fica bem feliz. É ela quem vai ajudar Vango a provar sua inocência e descobrir sua identidade. Também fazem parte da saga outros personagens marcados por vidas cheias de segredos, como Mademoiselle, a Senhora Poliglota e sem memória com quem Vango é salvo do naufrágio na costa da Sicília aos três anos de idade e Hugo Eckner, personagem verídico, comandante alemão do Graf Zepelin, esse grande dirigível que fascinou o mundo nas primeiras décadas do século XX. Outras personalidades incorporadas à história são Joseph Stalin, sua filha Svetlana e Adolf Hitler.
Vango está prestes a se tornar padre, na Notre-Dame, quando subitamente a cerimônia é interrompida pela polícia. Mesmo sem saber do que se trata Vango foge escalando a Catedral. Depois de um tempo ele descobre que a polícia acredita que tenha assassinado um homem. Seu protetor, padre Jean. Mesmo com seus 19 anos, Vango é uma incógnita para os policiais e para as pessoas que conviveram com ele durante anos. Ninguém sabia de onde viera, para onde poderia ir. Ele tinha família? Ele conhecia muitas pessoas, porém ninguém o conhecia por completo. Desde os 14 anos Vango acreditava que estava sendo perseguido por alguém. O padre Jean acreditava que o garoto estava enlouquecendo. Mal sabia ele que os perseguidores do garoto eram reais.
O livro narrado em terceira pessoa nos leva para o passado e presente. Nos dá detalhes do mistério que é a vida de Vango sem nos dizer realmente quem ele é. O que eu achei legal, pois temos que ir juntando os retalhos que é a vida de Vango. Se é um mistério para o leitor é um mistério para Vango também. Algo bastante notável que achei no livro é que os personagens secundários realmente ganham vida neste livro. Mesmo Vango sendo o personagem principal o autor usou, abusou (de maneira positiva) e criou uma teia com os personagens secundários. Tanto é que Vango fica várias páginas sem aparecer nenhuma vez sequer. Mas a sua presença estava em cada página. Eu ficava como os personagens "Quem é Vango Romano?" , "Qual o motivo de estarem perseguindo ele?"
O autor se utilizou de pesquisas para compor o livro. Muitos de seus personagens realmente existiram - no final do livro o autor dá um resumo sobre cada um. A tensão política era evidente devido à iminência de surgir uma nova guerra. As pessoas que eram perseguidas por tentarem impedir a guerra. Hitler, logicamente é citado. Stalin também tem o seu papel neste livro. E o incrível Graf Zeppelin tem muita importância. É disponibilizado até mesmo uma planta dele. Nossa, como eu adorei saber que em sua rota tinha o Brasil. E principalmente Recife, Pernambuco - que é onde eu moro. Gostei muito de saber disso, pois eu não sabia que o Zeppelin só atracava em Recife no Rio de Janeiro no Brasil.
O autor realmente soube inserir Vango nesse período entreguerras. Toda a vida dele está entrelaçada com algum acontecimento histórico. O que deu mais veracidade ainda para a história. E no fim sei que estamos mais próximos de descobrir quem é Vango Romano. Ansiosa demais para o segundo livro que é: Vango - Um príncipe sem reino.