Cedido para Resenha,
Sinopse:
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Resenhando: Pólvora
A Editora parceria Belas-Letras me enviou o livro do cantor e também escritor Tico Sta Cruz. Quando recebi o livro eu não sabia que ele era repleto de desenhos por dentro. Foi uma bela surpresa para mim. Os desenhos são lindos demais. E alguns bem viajados. Outra coisa legal é a capa. Algumas partes são em alto relevo e eu ficava passando a mão direto hahahaha
A diagramação do livro está impecável!
A diagramação do livro está impecável!
Vamos resenhar :D
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Autor: Tico Sta. Cruz Editora: Belas-Letras Páginas: 165 |
Sinopse:
A novela policial originalmente publicada na internet com mais de 300 mil leitores. Pólvora é o livro proibido do roqueiro Tico Santa Cruz, definido pelo próprio autor como uma narrativa "psicótica, suja e violenta". Inicialmente escrito em capítulos curtos para postar em seu blog, em poucas semanas virou fenômeno na rede. Uma leitura intensa e chocante sobre terror e caos, hipocrisia e preconceitos, política e serial killers. Mas, acima de tudo, sobre o lado mais sombrio de cada um de nós.
______________________________Resenha______________________________
Um bancário cansado de sua vida certinha e pacata entra de cabeça em um relacionamento com Lore, uma enfermeira sadista. Lore era tudo o que ele queria naquele momento. Eles tinham uma bela química sexual e os caprichos dela tiraram o rumo do banqueiro. Eles largaram tudo: Emprego, Família e Amigos.Saíram pela estrada espalhando rastro de sangue - muito sangue -, sexo, drogas e loucura.
"Lore dizia no meu ouvido que se lembrava do dia em que transamos pela primeira vez em sua casa e isso a fez desejar repetir a sensação, tudo por conta do fetiche que tinha com a imagem do sofrimento do filho de Deus. Aquilo parecia insano, bizarro, psicótico".
Lore agia naturalmente. Não se importando de tirar a vida de nenhum ser humano. A única coisa que ela se importava era com os animais. E foi nos andanças do caminho que eles recrutaram um coelhinho branco para seguir viagem com eles. Outra integrante do grupo foi Milene. Uma mulher de cidade pequena que aparentemente era uma pessoa certinha, mas no decorrer da história, se mostra como a possuidora de uma das mentes mais perturbadas que eu já vi.
Eles conseguiam dinheiro a base do roubo. Não se importavam de onde ele iria vir. Um dos assaltados fora um pastor. Que estava andando com um saco de dinheiro nas mãos enquanto conversava com uma mulher.
"O pastor pegou o saco plástico o entregou nas mãos de Lore. Ela jogou o saco no carro e libertamos o casal. Sussurrei no ouvido da acompanhante do pastor que, se avisassem a polícia, encontrariam o capeta sentado na poltrona onde ela fazia sexo com aquele sem-vergonha"
As palavras usadas durante o livro são fortes e até mesmo o desenrolar da história. Se você não curte leitura onde o palavrão rola solto, o sexo, e mortes a quase cada capítulo, eu aconselho você a não ler. Porém, se você não se importa com isso e gosta de um livro com uma bela crítica social, política e da situação do Brasil, eu aconselho vocês a lerem. Muitas passagens do livro me faziam assentir. É a realidade contada de uma maneira mais impactante. Realidade econômica, religiosa, política, sexual e das drogas. Os capítulos são pequenos e você consegue lê-los rapidamente. Cada capítulo praticamente tem uma imagem.
"Certa vez uma pessoa me disse: "Droga é uma droga". Então eu lhe disse: "Tudo bem, quando você estiver doente, coma um bombom por que bombom é bom".
Durante a leitura eu ficava me perguntando o que levaria uma pessoa que tinha uma vida tranquila a seguir uma pessoa como Lore daquela maneira. Acredito que a resposta está na pressão que sofremos na sociedade. Alguns mais do que os outros. A pressão que sofremos de que não podemos sair da linha por nenhum momento. Somos a pólvora e só precisamos de uma pequena faísca para explodirmos.
"- Essa gente tá nem ai pra isso, não! Eles só votam porque são obrigados! Acho é bem feito! Já trabalhei em posto de saúde e sei qual é a realidade. Se tiver a cervejinha e o futebol no fim de semana, não importa se os filhos estudam ou se precisam ficar horas em uma fila de hospital. Não vê? Eles enfrentam a polícia, aglomeram-se para torcer por seus times de futebol, mas quando precisam se juntar pra reivindicar seus direitos, onde eles estão?"
E ai, pessoal? Gostaram? Espero que sim. Deixe aí os comentários :D