Cedido para Resenha,
Resenhando: Fragmentados
Recebi da Editora Novo Conceito uma distopia bem diferente. Fragmentados foi uma leitura que fugiu ao que eu havia imaginado, mas fez com que eu me fizesse várias perguntas ao longo da leitura. Terminei lendo este livro em conjunto, o que foi uma experiência bem bacana. No final eu vou deixar aqui o comentário de cada blogueiro que participou da coluna #SouFãDeLivros do blog Like Livros.
E você leitor... Lerá o livro? Qual é a sua opinião? Queremos saber!
Depois de inúmeras brigas entre as pessoas que eram a favor da vida (Contra o aborto) e as pessoas que eram a favor do direito de escolha. Um consenso foi finalmente encontrado. Que seria não abortar e quando a criança fizesse 13 anos, os pais poderiam decidir levá-las para serem fragmentadas. Dos 13 até os 18 anos. Esse seria o tempo dos familiares decidirem. O que seria a fragmentação? Seria uma forma de "abortar" a pessoa gradativamente e ao mesmo tempo deixá-la viva. Um cientista conseguiu fazer com que todas as partes do corpo humano agora pudessem ser transplantadas. O que eu achei que o autor iria abordar seria sobre a compatibilidade. Quando as pessoas fazem qualquer tipo de transplante é necessário tomar remédios imunossupressores, pois o corpo ataca a parte transplantada, pois não reconhece como se fosse parte dele. São células diferentes. Em nenhum momento os que haviam recebido o transplante falaram ou comentaram sobre isso. Mesmo o cientista tendo conseguido uma forma de transplantar qualquer parte do corpo humano, acho que ele teria que ter mencionado sobre isso. Foi uma questão minha durante a leitura.
Três jovens são marcados para seres fragmentados. O primeiro Connor, ele havia descoberto sobre a fragmentação e ficou com muita raiva dos pais. Decidiu começar a tirar boas notas e comunicar para os pais. Ele queria fazer com que eles se arrependessem para o resto da vida. Porém, Connor é uma pessoa que não consegue ficar sem agir. Ele toma conta de todas as suas decisões. E ninguém iria fazer com que ele fosse fragmentado. Ele então foge da casa dos pais. Sem roteiro, sem rumo e sem nenhum plano! Como um fragmentado poderia sobreviver assim até os 18 anos? Fugindo e fugindo sempre. Até quem saiba um dia ser pego. E por conta da fuga de Connor o seu destino se cruza com os outros dois fragmentários.
Risa, é uma menina tutelada do governo que tocava piano maravilhosamente bem, porém não o tocava de forma impecável. O dinheiro estava curto e não era mais possÃvel manter pessoas que não fossem extremamente perfeitas. Era um gasto desnecessário. Mas falavam para ela não ficar triste, pois ela iria viver novamente em outras pessoas. As suas mãos poderiam voltar a tocar piano. Ela não deveria ficar triste. É no caminho para a fragmentação que ela encontra Connor e Lev.
Lev, é um dÃzimo. Ou seja, ele nasceu para algo a mais. Ele nasceu para ser fragmentado e ajudar vidas. Ele era um "sacrifÃcio". Logo no seu aniversário de 13 anos os seus pais oferecem uma festa. A melhor festa que Lev poderia ter na vida. Ele era o centro das atenções. Ele iria cumprir o seu propósito na vida. Ele iria encarar a fragmentação com a cabeça erguida. Entretanto tudo acontece de forma errada quando ele estava indo para a colheita - local onde acontecia a fragmentação. Connor subitamente aparece e o faz como refém. É quando ele os dois se encontram com Risa.
Eles viram fugitivos. Risa e Connor tentando encontrar diferentes maneiras de escapar da fragmentação e Lev procurando várias maneiras para ser fragmentado - tamanha era a sua lavagem cerebral.
O livro é narrado em terceira pessoa e na visão de cada personagem. A editora fez um excelente material de divulgação. Principalmente com o vÃdeo que vocês poderão ver logo abaixo. Algumas pessoas se incomodaram um pouco com a forma que o livro era narrado, mas eu não senti esse incômodo nenhum. Fiquei completamente absorta na leitura. E tentei ao máximo entender essa nova sociedade e também responder algumas perguntas que são feitas entre os personagens no decorrer do livro. Uma cena em particular me deixou muito tensa. Que eu literalmente fiquei com a mão na boca, tamanha era a minha incredulidade e uma cena me tocou muito.
O autor colocou algumas informações bem interessantes quando o livro terminava uma parte e ia para a outra. Como uma alma sendo vendida no eBay. Eram notÃcias reais. Que podemos ver que a realidade e ficção muitas vezes podem se misturar.
O livro não é ágil. Não é nada de ação. São três adolescentes que estão tentando fugir para salvar a vida. Então, acredito que as pessoas devam ler esse livro tentando imaginar todo o contexto social e religioso abordado no livro. Outra coisa que curti neste livro foi que a pessoa que você menos imagina termina se transformando em uma pessoa totalmente diferente e dando um rosto para uma revolução que eu espero que aconteça. Terminei a leitura arrepiada com as páginas finais.
Este é o primeiro post da coluna #SouFãDeLivros. Seis blogueiros se reuniram, leram o livro e irão falar sobre a obra. Para conhecer a coluna, clique aqui.
O livro escolhido foi:
Sinopse: Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .
Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo paÃs, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.
O vencedor do Boston GLobe-Horn Book Award Neal Shusterman desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.
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Durante duas semanas nos dedicamos a Fragmentados. Conversamos sobre o livro através de um grupo. Cada pessoa de um lugar do paÃs. Unidos pela leitura, unidos porque somos #FãsDeLivros... Unidos para compartilhar com vocês a nossa opinião. Confira:
Érick VinÃcius Ferraz - Blog Like Livros. Fragmentados é uma distopia diferente de todas que li. O autor se destaca pela sua originalidade, narrativa e a forma como descreve os fatos. A leitura é rápida pois os capÃtulos são pequenos e a história desperta curiosidade. O livro aborda assuntos polêmicos que podem ser vistos como crÃticas, isto depende da interpretação de cada leitor. Indico este livro a pessoas que nunca leram distopias, indico - dez vezes mais - para quem é fã do gênero. Vale a pena!
Mari Araújo - Blog Stories and advice A história me chamou atenção logo que vi o Booktrailer, mas parte do que encontramos lá vemos um pouco mais para a metade do livro, conhecemos três jovens que são totalmente diferente, com ideias e pontos de vista distintos, todos indo para a fragmentação, que se trata de fragmenta jovens entre 13 e 18 anos, para assim completa outro ser humano, seu conceito é que quem vai para esse processo não morre, vive em cada parte sua que está em outra pessoa.
Zilda Peixoto - Blog Cachola Literária . Fiquei decepcionada com Fragmentados. Um livro que possui uma premissa interessante, personagens igualmente interessantes, mas que por algum motivo se perdeu no caminho. Pecou pela prolixidade e pelo ritmo lento. Dá pra salvar alguma coisa, mas é preciso paciência para lapidar o que de bom ele tem a oferecer.
CaÃque Fortunato - Blog Entre Páginas de Livros Fragmentados é um livro que bem diferente que dividiu algumas opiniões ao longo da leitura.. Por um lado temos uma história de distopia intrigante, um pouco bizarra, muito bem pensada, e, acima de tudo, original. Contudo, mesmo tendo muitos bons ingredientes o autor não conseguiu desenvolver e aprofundar muito em sua história. Não que o livro seja ruim, ele é bom, rápido e objetivo na maioria das vezes, no entanto a narrativa não é tão envolvente e um pouco "seca". No entanto, destacam-se a construção dos personagens e várias crÃticas sociais em várias visões diferentes, como o papel da igreja e a fé exacerbada, por exemplo, que é muito interessante. Também é discutido o poder da amizade, o papel da lei e governo e muitos tópicos que merecem nossa reflexão.
Jéssica Figueiredo -Blog Hora da Leitura Fragmentados foi um livro que no decorrer da narrativa fez com que eu me fizesse várias perguntas. O autor abordou religião, aborto e principalmente "doação" de órgãos. Uma cena em especÃfico me fez ficar bastante tensa. Achei a leitura interessante, pois queria saber mais sobre o universo criado. Terminei então devorando o livro em dois dias. Algo que fiquei chocada foi com a facilidade que os pais entregavam os filhos para serem fragmentados. Este livro nos faz refletir do inÃcio ao fim.
Pamela Moreno - Blog O diário do leitor Fragmentados me chamou a atenção desde a divulgação da capa pela editora Novo Conceito. Essa vontade aumentou com o lançamento do book trailer e do kit maravilhoso que chegou em casa. A proposta do autor é inovadora – em certos pontos – mas ele não conseguiu desenvolver de maneira prazerosa. Mesmo assim, a leitura é válida e fará você se sentir apreensivo em diversos momentos. Recomendo!
E você leitor... Lerá o livro? Qual é a sua opinião? Queremos saber!
Mas como você pode dizer que o livro não é à gil? Ele tem uma narrativa super empolgante, daqueles que você começa e só para quando termina.
ResponderExcluirMas como você pode dizer que o livro não é à gil? Ele tem uma narrativa super empolgante, daqueles que você começa e só para quando termina.
ResponderExcluirOi Marciel, tudo bom?
ExcluirQuando eu falei do livro eu quis dizer que os acontecimentos são um pouco devagar, pois eles estão fugindo e muitas vezes ficam muito tempo escondidos em um canto. Mas a narrativa é sim empolgante. Tanto é que só consegui largar quando terminei de ler, dois dias para ser exata :D
Espero que tenha respondido :3
Bj