Maratona,

Resenhando: O Rei do Inverno - Crônicas de Artur. Volume I

13:27 Unknown 4 Comments

Esse foi o terceiro livro da maratona que eu li. Bom, a maratona já terminou e agora só me resta ficar em dia com as resenhas. O que eu posso adiantar para vocês é que eu não consegui ler o quinto livro a tempo. O motivo? Acho que escolhi livros extremamente grossos hahaha os dois últimos eu tive que trocar. Mas, outra hora eu falo isso. Esse livro que irei resenhar hoje é o meu xodó de Bernard Cornwell. Foi o primeiro livro que li do autor e virei fã. Para essa resenha eu tive que reler o livro. Só digo uma coisa... Tenha os três livros antes de começar a ler. Vá por mim, você vai se roer de ansiedade pelo próximo.

mmmmmmmmmmmm
Sinopse

O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. "O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa," explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.








{Resenha}
"Estas são as histórias de Artur, o Senhor das Guerras, o Rei que Nunca Existiu, o Inimigo de Deus e - que o Cristo vivo e o bispo Sansum me perdoem - o melhor homem que conheci. Como chorei por Artur!"
Igraine, rainha da Inglaterra - antiga Britânia -, tem fascínio pelas histórias de Artur. E por intermédio das memórias do irmão Derfel, sua curiosidade começa a ser saciada. Derfel, antigo pagão, conselheiro e estimado amigo de Artur começa a narrativa de quando a antiga Britânia sofria pelo ataque sucessivo dos saxões, quando os Deuses estavam sendo enfraquecidos e o cristianismo estava sendo enraizado na Dumnônia. Quando o mais poderoso de todos os druidas, Merlin, desapareceu, um nascimento aconteceu e uma lenda surgiu.

Mordred nascera com dificuldade. O Deus dos cristãos não conseguiu fazer com que o menino nascesse, fora necessária a intervenção dos Deuses pagãos. O menino, nascera com o pé torto, e isso só poderia indicar mal presságio. Seu destino era ser rei, assim desejava seu avô Uther - o rei atual -, porém, não seria fácil manter um trono para uma criança aleijada. Um conselho foi formado onde ocorreria a nomeação de protetores para a criança. Dentre os protetores estaria Artur - filho bastardo de Uther.
"O chifre soou uma terceira vez, e de repente eu soube que iria viver, e estava chorando de alegria e todos os nossos lanceiros estavam meio chorando e gritando e a terra estremecia com os cacos dos cavalos daqueles homens que pareciam Deuses, que vinham nos resgatar. Porque Artur, finalmente, tinha chegado".
Por um tempo Mordred passa a viver no Tor. Local pagão onde vivia Merlin, Morgana, Derfel e Nimue - que havia recebido o ensinamento de Merlin, antes de seu desaparecimento. Com o reino em uma falsa paz a morte de Uther faz tudo desmoronar. Uma traição é arquitetada e o trono da Dumnônia é o prêmio principal. E a primeira traição foi somente o estopim para todo o sangue que iria ser derramado durante anos.

{O que achei}

Bom, posso dizer que nessa pequena parte eu não me adentro em nada sobre a história. O livro tem 544 páginas e é dividido em cinco partes. Os capítulos são bem longos. E logo no início nos é apresentado um mapa e depois o nome de cada personagem é citado, e ao lado quem seria essa pessoa na história. Na primeira vez que li o livro eu havia lido uma resenha antes - já que eu nunca tinha ouvido falar nem do autor - e a resenha dizia para só começar a ler o livro depois de ter os outros dois. Eu, só tinha o primeiro, não dei bola. Li O Rei do Inverno e fiquei louca querendo os outros. Então, conselho bom a gente repassa :D

A história toda é narrada por Derfel. E é através dele que enxergamos como era a antiga Britânia. Ficamos a par da religião pagã, de seus druidas, magias e superstições. Durante a leitura vocês vão ler muito "cuspiu para afastar o mal". Além do paganismo o livro também retrata o cristianismo. O choque entre as duas religiões, crenças é narrada durante todo o livro. 

Artur só irá aparecer depois que muita coisa acontece. Nas memórias de Derfel ele é descrito como um homem que faria com que você se sentisse a melhor pessoa de todas, a mais importante. Era um homem ambicioso, mas que almejava sobretudo a paz. Um idealista, que vencia todas as suas batalhas. Era temido pelos seus inimigos, invejado por uns e exaltado por outros. Era um homem que parecia não ter nenhuma fraqueza. Até que uma paixão o consome por dentro, Guinevere. E tão avassalador quanto esse amor, são as guerras travadas por uma decisão de Artur. A paz havia escapado de suas mãos.
"Ele não era ciumento. - Não como o resto de nós. Não como Artur, não como eu. Quanto de nossa terra foi molhado de sangue por conta do ciúme! E no fim da vida, o que isso importa? Envelhecemos e os jovens nos olham e não conseguem ver que um dia fizemos o reino ressoar de tanto amor".
Posso dizer que me apeguei muito a Artur. Sempre ficava com o coração na mão quando ele estava sofrendo. Não tem jeito. Você, enquanto estiver lendo, vai querer entrar na história, destruir os saxões e decretar a paz, só para que Artur fique feliz. Sério. Gostei muito de Derfel, iremos acompanhá-lo desde pequenino até um completo guerreiro. Iremos nos solidarizar com a sua má sorte no amor. Nimue, não falei muito dela, mas é praticamente a minha personagem favorita. Ela acredita, assim como Merlin, que os Deuses irão voltar para a Britânia. Que eles haviam abandonado a todos por não serem merecedores. Ela é a que mais pragueja, cospe - para afastar o mal -, tem sede de sangue, não tem medo de nada. Tem Lancelot, que foi mostrado neste livro não como um herói, e sim, como um enganador. Não irei falar muito sobre ele. E Guinevere como uma mulher que ambiciava o posto de rainha. Em seu mundo, só deveria existir o que fosse belo.

As lutas são detalhadas e bem estruturadas. Várias paredes de escudo são formadas. Estratégias são desenvolvidas com muito cuidado. Alianças são feitas, outras são quebradas. E o reino do rei que nunca existiu se consome em guerra.

Olha só que legal!

4 comentários:

  1. Oi Jé, tudo bom?

    Bernard é amor <3 <3 Ainda não li essa outra série dele, mas estou lendo uma outra que tem um nome enorme que eu esqueço, mas tudo tem Sharpe no título AHAHAHAHAHAH. Adorei a resenha, espero que consiga ler essa outra série do autor em breve!!!

    Beijos, Rob
    http://estantedarob.blogspot.com.br

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  2. Sou simplesmente louca por histórias que retratam a antiga Britânia, acho fascinante a história do rei Artur, e amo ler sobre Merlin! Nunca li nada do autor, mas acho que vou começar por essa série. E pode deixar que vou me lembrar do seu conselho e começar a leitura só depois de ter todos os livros! rs...

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  3. Olá, Jéssica!

    Eu ainda não conhecia esse livro, mas já li resenha de outras obras do autor. Fiquei um tanto quanto interessado no livro, mas infelizmente não estou podendo comprar nada (mas foi pra listinha de futuras aquisições)! Adorei a resenha ;)

    Até mais,
    Sérgio H.

    www.decaranasletras.blogspot.com

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  4. OI,
    Eu já tinha visto essa capa por aí, mas nem tinha lido resenhas sobre a obra! Gosto muito da história do Rei Artur e sempre que posso estou mergulhando nesses livros ou contos! Literatura histórica é um assunto que me interessa muito.
    Eu gostei muito do que foi dito sobre o livro e fiquei interessado. Vou ver se consigo adquirir para realizar a leitura!
    Adorei a resenha ( :

    Abraço
    Adriano
    GeraçãoLeitura.com || http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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