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Resenhando: As Crônicas de Pindorama - Piná e o Despertar da Escuridão



Olá, pessoal :D

Hoje estou trazendo para vocês uma resenha bem especial. O livro é As Crônicas de Pindorama - Piná e o Despertar da Escuridão. E por que ele é especial? Ele é um livro de autoria nacional, de Rafael Montenegro da PB e o seu conteúdo é de Literatura Fantástica envolvendo a mitologia indígena brasileira. É incrível pensar que podemos conhecer tão bem os deuses de outros países, outras culturas, mas temos uma carência enorme de literatura contemporânea envolvendo a nossa cultura, que é riquíssima e, minha nossa, tão boa quanto a de outros países. Para entendermos melhor:
Pindorama é o nome que os índios davam para o Brasil, que significa Terra das Palmeiras.


Annabel acordou assustada e tremendo. Por dois segundos teve paz para organizar seus pensamentos, mas esses segundos não foram suficientes. Embora sua mente lutasse para afirmar que tudo não passara de um sonho, as mãos do atacante misterioso apertando-se em volta do seu pescoço diziam o contrário. Tudo aquilo era bem real.
Lutou e lutou sem obter qualquer êxito, até que finalmente ouviu a assombrosa voz do seu agressor que cortou-lhe a alma como uma afiada lâmina: "Piná, eu sei quem você é". Então, tal como misteriosamente começara, o ataque cessou. Ela levou as mãos a garganta, puxando o ar como uma louca, pensando nas palavras que ouvira.
Não tinha a menor ideia do que significavam, mas estava disposta a descobrir. Annabel parte assim em uma grande jornada, onde irá descobrir quem é de verdade, e se está realmente preparada para enfrentar o grande mal que paira sobre as terras de Pindorama, a fantástica terra das palmeiras, também conhecida como Brasil.

O livro conta a história de Annabel, uma menina portuguesa, que vem morar no Brasil no ano de 1590, bem na época do Brasil Colônia. Ela tem 12 anos e está indo morar em Filipeia - capitania da Paraíba. Iria ser a maior aventura de sua vida. Ela embarca nessa viagem junto com o seu pai, sua mãe e seu irmãozinho, Alfonso. Logo na primeira noite no Brasil, Annabel tem um sonho estranho, enigmático e que a deixou morrendo de medo. Ela não sabia o motivo de ter aquele sonho e não tinha ideia de como ela conseguia entender a estranha língua do ser que apareceu diante dela. (Tudo tem uma explicação).

Depois do susto Annabel tenta seguir a sua vida tentando se adaptar ao novo país, e nisso ela conhece um menino indígena chamado Taci, ele é um menino órfão que tem um macaco pequenininho como seu amigo, chamado de Guaçu-Guaçu - na língua Tupí (Grande-Grande). Eles terminam se tornando amigos e Annabel finalmente começa a aproveitar a nossa terra. Mesmo tentando se adaptar, Annabel ainda tinha os seus sonhos misteriosos e visões e experiências extracorpóreas. A sua ida para Pindorama desencadeou uma série de acontecimentos que estavam previstos muito antes de sua chegada para este mundo. 



Conheci Rafa na Bienal de Pernambuco de 2015, que ocorreu do dia 02 até 12 de Outubro. Foi uma experiência bem bacana. Dividimos um estande de autores nacionais independentes e ele terminou me presenteando com o seu livro. Não sabia como era a escrita dele, mas a história chamou minha atenção, já que é um tipo de assunto que não vemos sendo abordado com tanta frequência. 

" - Como... - Ela gaguejou ao falar. - Como você conseguiu fazer isso?
- Jamé, senhora. Mistério. Magia".

Algo que gostei, em relação a escrita, é que ele escreve muito bem hahaha Seu texto é fluído e não é cansativo, a sua pesquisa para esse livro é completamente evidente, pois vemos a utilização do modo de falar mais rebuscado - não é que nem os clássicos, o autor soube criar um balanço para a literatura contemporânea - ainda é possível observar os detalhes característicos da época, tanto de vestimentas, quanto de objetos utilizados. Algumas vezes o autor colocou notas no rodapé para uma explicação melhor, principalmente sobre medidas utilizadas. O que gostei também foi da citação de algumas lendas Tupi-Guarani e fatos históricos que ocorreram no Brasil desta época.

Os Deuses, divindades são muito bem utilizados. Eles não são citados apenas uma vez no início e depois esquecidos durante a narrativa. Eles estão em todo lugar da história, seja por suas aparições ou seja pela fala de algum personagem, sonhos. E isso é o que torna o livro mais palpável. Somos inseridos neste universo que está vivo por entre as páginas. Somos levados a conhecer mais de perto os nossos Deuses como: Iara, Tupã, Curupira, Nhandevuruçu, Anhangá. 
Os personagens secundários são cativantes e o autor soube evidenciar suas personalidades e até mesmo a transição de personalidade de alguns deles. O que nos mostra que em determinadas situações o lado mais sombrio termina transparecendo. O Brasil dos índios termina se revelando em um universo fantástico cheio de Deuses, magia, aventuras, surpresas. Uma aventura de tirar o fôlego em pleno território nacional.

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Resenhando: O Vestido de Trinta Rosas



Olá pessoal, tudo bom?
O livro resenhado de hoje é de uma pessoa muito especial. Lívia Messias foi uma pessoa que tive o imenso prazer de conhecer na X Bienal do Livro de PE. Dividimos um estande - com outros autores - para a venda de nossos livros. Foi uma experiência muito bacana :D O Vestido de Trinta Rosas é um livro Infanto-Juvenil que está repletos de ensinamento, algo que curti muito.




Sinopse: E se você encontrasse um vestido capaz de transformar o amor em realidade? Usaria? Enfrentaria as consequências? Helena mora na Vila Íris, um lugar encantado. Lá, conhece Ícaro e se apaixona, mas não sabe se é correspondida, então decide usar um encanto. O Vestido de Trinta Rosas fala de amor, escolhas, responsabilidades e esperança.






Helena era uma menina simples da Vila Íris, que tinha uma melhor amiga cega, chamada Sara. Helena estava vivendo a sua vida até que um dia ela se apaixonou perdidamente por Ícaro. O problema é que ela não sabia o que fazer com este sentimento, já que tinha muito medo de contar sobre ele e perder Ícaro para sempre. Ao invés de contar para ele o que sentia, ela preferia escrever versos secretos de amor. Somente assim ela poderia tirar um pouco daquele sentimento de seu peito, sem revelar toda a verdade.

Sara várias vezes diz para Helena que o melhor que ela pode fazer é contar sobre o seu amor para Ícaro, já que ela conseguia olhar através dos sentimentos e emoções da pessoa, ela sabia que Helena estava muito conturbada com tudo o que estava acontecendo. Os seus conselhos não eram ouvidos pela amiga apaixonada, e Sara passa a ficar muito preocupada com Helena, principalmente porque algumas pessoas tendem a trilhar caminhos mais fáceis e errados quando desejam algo e não têm a coragem para encarar os obstáculos pelo caminho.

"O amor é livre, e não pode ser comprado e nem enganado".

Helena já desesperada pela falta de coragem acredita que deve ter um método mais fácil para finalmente ter o seu amado, eis que surge uma senhora que diz ter a solução para ela. Helena fica encantada quando descobre que poderia ter o amor de Ícaro quando vestisse O Vestido de Trinta Rosas, ela fica tão deslumbrada que não presta atenção às consequências de seus atos. Assim que usa feitiço tudo muda na vida de Helena e ela finalmente consegue o amor de Ícaro, mas às custas de quê? Será que vale a pena aprisionar algo tão belo como o amor?

Como eu já disse para vocês eu gostei da leitura deste livro por conta dos ensinamentos que ele nos passa. E o melhor foi que a autora escreveu o livro depois de um sonho :D Podemos encontrar também ilustrações no livro, que achei muito fofas :3 Desde o início a autora coloca em sua narrativa pensamentos que nos fazem refletir. Acho que a voz da consciência já apareceu para todo mundo quando sabemos, lá no fundo, que não devemos fazer tal coisa. E é isto o que acontece com Helena, ela sabe lá no fundo que o que está fazendo é errado. 

O Vestido de Trinta Rosas é um feitiço de egoísmo, onde a pessoa coloca a sua própria felicidade acima da pessoa que deveria amar. Acho que felicidade deve ser compartilhada e não monopolizada. A nossa vida toma um rumo de acordo com as nossas ações, se fazemos algo de errado para o próximo nada de bom surgirá disto. As nossas escolhas também podem influenciar a vida de tantas outras, então tem certas coisas na vida que temos que tomar cuidado. Outras vezes escolhemos seguir pelo caminho que aparenta ser o mais rápido e fácil, quando na verdade o este é o pior caminho para se seguir, ele será mais longo e cheio de privações. 

Não irei contar todos os outros ensinamentos do livro, mas tenham a certeza de que este pode ser um livro destinado ao público infanto-juvenil, porém ele serve para todos na vida.

Resenhando: Se Eu Não Tivesse Enviado Aquele e-mail



Olá Pessoal, tudo bom?
O livro resenhado de hoje é um nacional que está ficando bastante conhecido - isso se você for membro do clube do livro ou leitores anônimos do facebook ;D
Conheci o autor pelo instagram. Logo no início ele enviava algumas páginas de seu livro para o pessoal. Terminei me interessando e li a amostra. O livro é sobre os acontecimentos na vida do autor e as coisas que ele passou para finalmente conseguir ficar com a mulher que ele ama. Logo de cara curti muito o livro. Achei a escrita dele muito bem humorada e dei várias gargalhadas. Quando ele fez a versão física eu terminei comprando o meu :) 
Faz um tempo que tenho o meu livro, mas só consegui ler por esses dias. Os nomes dos personagens foram alterados para não ocorrer nenhuma complicação aqui no mundo real hahaha







Sinopse: Rick conhece Ane, se apaixona, e descobre que ela tem um noivo. Uma história que pode mudar a sua vida. Provavelmente não vai, mas poderia.Se eu não tivesse enviado aquele e-mail... conta a história real de um relacionamento cheio de idas e vindas, e que levou anos para poder se concretizar de fato. É a história do autor e sua noiva, todo contado pela visão apaixonada e bem humorada de Fernando.



Rick conheceu Ane no primeiro dia de faculdade de Publicidade e Propaganda. Eles estudavam na mesma sala, porém eles não se falavam. Ou seja, Rock notou Ane, mas Ane não notou Rick. Mesmo sendo o cara engraçado da turma Rick não sabia o que fazer para finalmente conseguir conquistar Ane. Só que ela tinha dois problemas segundo Rick: um aparelho nos dentes e uma aliança no dedo. Ane estava noiva e era completamente intocável.



A arma que Rick utilizou para conseguir se aproximar de Ane foi o humor. Aos poucos os dois se tornaram amigos. Rick cada vez mais apaixonado tentava alguns planos para conseguir finalmente mostrar que ele estava ali. Parecia que todo mundo já sabia do amor unilateral de Rick, menos Ane. Até que um dia ele criou coragem e enviou um e-mail contando tudo o que sentia por ela. Agora ele só estava imaginando o que poderia acontecer com os dois depois deste e-mail.

Se Eu não Tivesse Enviado Aquele e-mail foi um livro que Fernando escreveu para a sua noiva, Mari. Ele iria comprar um leitor digital para ela e nada mais justo do que ele mesmo criar uma capa e colocá-la no leitor. O que aconteceu foi que ele começou a escrever a história dos dois. De uma forma muito sincera e engraçada. Até que ele tinha um livro escrito. Toda a diagramação do livro foi o autor quem fez, todos os desenhinhos e mínimos detalhes. O que deixa a leitura do livro bem bacana. Fernando é daqui de Recife - PE e é bem legal ler algo retratado no local que moro. O livro também conta com uma playlist que Fernando/Rick escutava nesse período. O livro pode ser lido em algumas horas hilariantes. 




Muitas pessoas quando leram o livro falaram que não foram com a cara de Ane. Que ela era muito indecisa e fazia Rick sofrer um bocado. Mas não irei pegar lado nenhum. Acho que nós nunca sabemos o que irá acontecer em nossas vidas. Quem nunca ficou sem saber o que fazer quando o assunto é relacionamento? Quem nunca ficou balançado por uma pessoa sem saber o que era o certo a ser feito? A vida é uma incógnita e amadurecemos com nossos erros, acertos e um pequeno desvio ou atalhos pelo caminho. Não sabemos o que o futuro irá nos reservar. Não sabemos se a pessoa que está do nosso lado neste momento irá continuar lá ou então uma nova pessoa irá surgir. Somos todos seres que buscam a felicidade muitas vezes sem saber que ela pode estar do nosso lado. Mas, ei, isso não quer dizer que você deve se chatear se nada acontecer. Acredito que as melhores coisas da vida acontecem no momento certo. 



Rick pode ter passado anos tentando fazer o relacionamento com o amor de sua vida dar certo, mas acredito que tudo finalmente entrou nos eixos quando ele não tentou. Quando os dois achavam que não poderia mais acontecer nada por conta das circunstâncias. E se tem uma coisa que posso falar, e só vai entender quem leu o livro, é que meu coração foi completamente amolecido quando Rick fala sobre Personilson. Acho que tem certas coisas na vida que estão programadas para acontecer. E graças ao destino emaranhado de Rick e Ane tudo deu certo. Relacionamentos são complicados, mas também nos reservam grandes surpresas.

Indicação de Livro Nacional



Olá pessoal, tudo bom?
Recebi uma mensagem do autor Matheus Peleteiro sobre o lançamento de seu primeiro livro - Mundo Cão :D e resolvi compartilhar aqui com vocês. Coloquei aqui parte da mensagem do autor sobre o livro, mas irei deixar sinopse também :D

O escrevi tentando retratar a realidade atual Brasileira e Baiana, a música alternativa atual, (que não é valorizada), o rock, o rap os anseios, os medos de um futuro trágico, as dificuldades...
Envolvi o período de decadência Brasileiro num existencialismo e criei um personagem que quer ser bom nos dias trágicos ainda que tudo deste "Mundo cão" lhe chame para o errado...
A história se passa em Salvador, e nela tentei trazer o humor ácido do Bukowski e a maneira de entreter do Dostoievski.


Mundo Cão - Unindo elementos de literatura marginal com sentimentos altruístas, surge Mundo Cão, que narra, em primeira pessoa, a história de Pedro Contino, um jovem que so­fre desde cedo por conta das peripécias da vida, e, por mais que busque o melhor, vê, em sua sombra, o caos. Morador da favela Roda Vida, Pedro poderia ter traçado qualquer caminho, mas a vida escolheu um em especial. Mesmo em meio à ausência de recursos, é apresentado à literatura por um vizinho mais velho, e, por conta dela, cria uma importante consciência social. Guiado por músicas e livros, ele logo percebe como tudo funciona. Indigna-se e, amargamente, percebe que não tem poder para realizar uma mudança no mundo…

O caos já faz parte dele, envolvendo-se com drogas, álcool, e, para completar, com as mais belas e loucas mulheres.





Vendas:






Resenhando: Sereia Negra

Olá, pessoal :D Hoje eu estarei resenhando o primeiro livro de parceria com a Editora Selo Jovem! Antes da parceria eu ficava namorando o livro Sereia Negra, e eu já sabia o que pedir quando consegui a parceria. A capa é incrivelmente bonita, mesmo sendo simples. E a premissa da história é muito boa! Vamos lá?


Sinopse: 
“Um peixe fora d’ água” – foi exatamente assim como Inês se sentiu a vida toda. No seu aniversário de quinze anos, Inês têm todos os seus sentimentos de revolta aflorados de forma aplacável; seu pai a abandonou assim que ela nasceu, sua mãe morreu no parto, ela nunca teve amigos, nem nunca se sentiu atraente o suficiente para os meninos com quem tivera contato. É então que Inês decide que sua vida deve ter uma mudança radical. Mal saberia ela que essa mudança estava mais próxima do que ela imaginava...


Numa tempestade repentina e sobrenatural, Inês é tragada pelos mares – tragada pelo seu mundo. Inês é uma sereia. E mais do que isso, ela é uma lenda viva – um ser aguardado por todas as sereias e tritões de Atlanta, um dos vários reinos que existem abaixo do mar sem o conhecimento dos humanos, como a grande salvadora deles. Inês é a Sereia Negra, a única sereia de cor negra de toda a história!

Mesclado de fantasia e magia, lendas gregas e brasileiras, somado a um retrato da nossa realidade social, Sereia Negra promete te mostrar uma nova visão não só desses seres fantásticos, mas de questões da vida que vão além da fantasia.


{Resenha}

Inês está completando quinze anos, porém ela não sente nenhuma vontade de comemorar. Para ela este tipo de evento deveria ser compartilhado com familiares e amigos, coisa que ela não tem. A única pessoa presente em sua vida é o seu avô, Anil. Um velho rabugento e que não deixava nenhuma data comemorativa passar em branco. Inês se sentia deslocada do mundo, e ela atribuía este fato a morte de sua mãe e o desaparecimento de seu pai no mundo. Não fosse por isso a falta de amigos era devido ao fato dela ser negra, e Inês sofria bastante preconceito em seu colégio.

Pensativa sobre como deveria conduzir a sua vida, Inês se depara com o aquário em seu quarto, presente de seus pais, que ela odiava, e decide então, pelo menos, ter o controle do que poderia ficar ou não em seu quarto. Ela pega o aquário com os dois peixinhos dourados e sai de casa - eles moravam na praia - a fim de jogá-los no mar.
"Preciso me libertar em algo.
E eu irei. Irei me libertar do aquário ridículo que meu pai e minha mãe me compraram quando eu ainda era um feto que fingiam amar. Como poderiam saber que eu gostaria do mar?"
Ela não esperava que sue avô a seguisse para a praia, e em uma conversa onde Inês transborda toda a sua raiva em palavras, onde Inês relembra todo o sofrimento por ser excluída por conta de sua cor de pele, seu status social, e por ser órfã, o pequeno aquário se quebra e os peixinhos param de se mexer. Poderia parecer uma briga normal, se depois disto uma enorme tempestade não começasse a surgir do nada. Trovões cortavam o céu e ondas enormes surgiam. A única coisa que Inês pensa em fazer é salvar o seu avô. Até que uma onda a leva para o fundo do mar.
"A cor da minha alma? Não sei. Deve ser preta e arredia; como sinto que meu interior é.Também, como poderia ser diferente? Nunca tive ninguém para acrescentar cor à minha alma".

{O que achei} 

Posso começar dizendo que o autor abordou temas que eu não imaginava. Uma das coisas que eu não imaginava que ele iria abordar seria o preconceito. Acho que não imaginei que pudesse ser abordado, mesmo sendo Inês negra, pois eu não me lembro de ter sofrido preconceito na minha vida. E eu achei bacana ler este livro, pois só porque nós não vivenciamos isso quer dizer que ele não exista! E Inês sofreu muito preconceito, e eu pude senti-lo em apenas algumas palavras. Elas ferem, machucam e isolam a pessoa do mundo.
Algo que gostei sobre o mundo de Atlanta criado pelo autor foi sobre os princípios deles. E o maior de todos era o amor! Todo tipo de amor era válido. O simples ato de amar era grandioso, enchia a alma e podia fazer milagres. 
O autor teve muita criatividade na criação da lenda de Atlanta e sobre uns seres em particular - não irei falar para não dar spoiler. 
Outro ponto positivo que encontrei no livro foi a mudança de Inês. Ela mesma, por conta de tanto preconceito que sofria, não se aceitava. Não imaginava que pudesse ser alguém, que pudesse ser amada, e ser feliz. Aos poucos ela vai entendendo que cada um é belo à sua maneira, que muito tipo de preconceito está associado com a inveja, e pelo simples prazer de tentar diminuir a pessoa. E eu concordo com isso. A cor da pele, não exalta e nem diminui ninguém.
A única coisa que senti falta foi de um lado místico na história, pois em algumas acontecimentos, o modo de agir e de falar de alguns personagens parecia exatamente igual ao que vemos aqui na superfície. Só foi isso senti falta.
Tirando isso, eu recomendo o livro. Acho que vale a pena ler algo que aborde tantas críticas sociais e ao mesmo tempo nos leve para um mundo novo.

Espero que tenham gostado :D