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Suite Française - NETFLIX


Suite Française - fiquei sabendo só depois - foi baseado em um livro homônimo escrito em segredo por Irene Nemirovsky. É ambientado na Segunda Guerra Mundial, nos primeiros anos de ocupação alemã na França. Nesta época os soldados alemães precisavam ficar hospedados nas casas dos franceses. 

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Olá pessoal, tudo bom?

Resultado de imagem para suite FrançaiseHoje eu irei falar um pouco de um filme que eu vi esses dias na Netflix <3 Eu gosto muito de filmes de época, principalmente se ele for sobre guerras. Eu gosto de todo o drama envolvido devido a tensão da época e pelo toque de veracidade. Este filme apareceu no meu Netflix e eu nunca tinha ouvido falar, mas quando li a sinopse eu resolvi dar uma chance para ele.


Lucille Angelier (Michelle Williams) está esperando o seu marido voltar da guerra. O seu casamento havia sido arranjado, mas ela ainda esperava que a paixão aparecesse. Ela dividia a casa com a sua sogra que não acreditava que Lucille pudesse fazer o seu filho feliz. Paris já havia sido tomada pelos alemães e agora era a vez de sua cidade.

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Um regimento alemão aparece e há ordens para que um tenente fique hospedado na casa de Lucille. A tensão envolvida devido a presença do alemão é óbvia. Ele era o inimigo, invadira o seu país, retirou a sua liberdade, mas de alguma forma o comandante Bruno Von Falk não fazia uso de sua autoridade. A casa era solitária e ele sabia que não era bem-vindo. 

Aos poucos Bruno conversa com Lucille, diz ele que sente falta de um contato normal com outro ser humano. E é por conversas e músicas ao piano que os dois se apaixonam. Uma paixão que tem seus altos e baixos. Onde a confiança muitas vezes é testada. Eu tentei várias vezes, não gostar de Bruno. Tentava colocar na minha cabeça que ele era um soldado alemão que matara diversas pessoas inocentes e era um cara mau. Porém, Bruno sempre se mostrava disposto a ajudar Lucille e até mesmo a trair os seus próprios camaradas para ajudá-la. 

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Suite Française é um filme lindo de amor proibido por duas pessoas que estão sofrendo as consequências da guerra. É um amor reprimido devido as circunstâncias e vivê-lo seria ir contra tudo o que ambos deveriam acreditar. O comandante capaz de fechar os olhos para proteger a amada e Lucille capaz de trair seus companheiros franceses para enfim ser capaz de amar e ser amada em troca.

Estou louca para ler o livro e vivenciar este romance intensamente em palavras.


Hora do Oriente: Resenhando Our Times - Filme Taiwanês





Olá pessoal, tudo bom?
O blog está no ar faz dois anos e o assunto principal é livros. Só que eu tenho um vício que parece que nunca irá sair de mim. Outro dia eu faço uma postagem explicando como foi que isso começou. Bom, muitas pessoas curtem ver filmes de outros países - fora os dos E.U.A. - filmes franceses, alemãs... Essas coisas. Só que eu amo mesmo filme do oriente. Filmes Coreanos e Japoneses (são meus preferidos), Chineses, Taiwanês, Filipino... Enfim, eu curto muito assistir esses filmes. Mesmo muita gente falando que não gosta e que é muito ruim, mas PASMEM. Se você souber procurar você irá encontrar excelentes filmes. E PASMEM mais ainda... Existem vários filmes conhecidos dos E.U.A. que foram baseados em filmes Coreanos, Japoneses... Então, já entenderam que não é só o pessoal do E.U.A. que sabe fazer uma boa trama.


O filme começa com Truly Lin (Joe Chen) vivendo a sua vida no trabalho. Sendo uma funcionária exemplar e com um namorado que poderia resultar em casamento. Parecia que ela estava com a vida perfeita, só que na verdade não é isso que está acontecendo. Ela começa a se lembrar da sua época de escola e de como ninguém preparou ela para o que seria a sua vida adulta. Muitas vezes deixamos algo no passado escapar, mesmo ele sendo precioso demais.


Tudo começa quando Truly Lin (Vivian Sung) está no colégio e ela recebe uma carta corrente - antigamente o pessoal escrevia mesmo e mandava para o pessoal - e se ela não entregasse para 5 pessoas ela iria ser amaldiçoada. Com medo da maldição ela termina escrevendo as cartas e começa a distribuir com o passar dos dias. Ela é loucamente apaixonada por Ouyang Fei-fan (Dino Lee), o cara mais bonito e legal e inteligente do colégio (é nada e.e). Só que num dia um valentão do colégio Hsu Tai-yu (Darren Wang) quase briga com Ouyang. Truly então decide que irá enviar a cartinha da maldição para Hsu Tai-yu.



Tudo poderia ter corrido bem se Hsu não tivesse sofrido um acidente por conta da carta. Assim que ele descobre que quem enviara a carta havia sido Truly ele diz que quer ser "amigo" dela e a faz de gato e sapato. Só que os dois terminam ficando realmente próximos quando eles descobrem que Ouyang estava "namorando" Min-min (Dewi Chien). A verdade era que Truly gostava de Ouyang e Hsu gostava de Min-min. Eles decidem se juntar para conseguir separar o casal e ficarem com a pessoal que eles gostam. Eles só não poderiam imaginar que eles iriam virar realmente grandes amigos.

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Eu gostei muito do filme quando assisti. Gostei de cada parte dele. Uma coisa bem legal é que ele se passa nos anos 90. E a caracterização dos personagens é uma marca bem marcante daquele tempo. Inclusive as cartas correntes - que recebemos pelo e-mail - as pessoas recebiam em forma de carta realmente, os locais das locações. Tudo foi muito bem pensado para nos transportar para esta época.
Algo bem marcante é o cabelo de Hsu - com gel e tudo mais.



Algo que acontece nesses tipos de filmes são os clichês, mas, minha nossa, eu não me importo nem um pouco com o clichê quando vejo esses tipos de filmes. O que acontece? Truly é uma menina desajeitada que gosta do cara mais popular do colégio. Só que ele já está com outra menina... Que é a menina mais popular do colégio Min-min, como competir? Muitas vezes nesses tipos de filmes o cara popular termina notando a menina depois que ela começa a se arrumar toda, só que neste filme, Ouyang nota Truly do jeito que ela é mesmo.

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Mesmo Hsu sendo o cara valentão do colégio eu, em nenhum momento, não gostei dele. Achei que ele teve um carisma desde o início do filme. As suas cenas eram bem engraçadas e sempre quando ele pedia para Truly fazer algo "que seria contra as normas do colégio" ele dizia para ela: Faça, pois se você não fizer você vai se arrepender no futuro. Algo assim. Então, daí você pode perceber que ele foi uma pessoa que marcou muito a juventude de Truly, pois ele não queria que ela se arrependesse de fazer alguma coisa depois de anos.




Eu amei muito a amizade dos dois. A forma como ela foi construída. A confiança e companheirismo que os dois tinham um pelo outro. Até que chega o momento em que você vê que eles são perfeitos um para o outro e começa a torcer pelos dois. Eu não gosto de comédia romântica. Pois, é né.

 São poucas as que conseguem me fazer gostar. Filmes brasileiros e dos estados unidos que envolvem esta temática eu já costumo torcer um pouco o nariz. Agora, eu AMO muito comédia romântica desse povo hahaha Da Coréia, Japão e agora do Taiwan. Acho que esse foi o meu primeiro filme Taiwanês <3 E eu já vou guardar com muito amor. 


Quem não se lembra daquele amor do colégio? O filme é fofo, muito engraçado, romântico e você vai querer mais e mais.




Tão fofo <3




Vou deixar o trailer pra vocês :D



Vocês podem assistir aqui: Dopeka

A Garota Dinamarquesa

Bom, hoje foi um dia de primeiras vezes para mim. Estava querendo ver este filme desde que vi o trailer, e, como acontecia em muitos outros, eu simplesmente não ia ver o filme por não estar acompanhada. Ir assistir um filme sozinha? Isso é tão deprimente... Acontece que esta é a minha última semana de férias e pouco importava se eu iria assistir o filme sozinha ou não. Peguei o ônibus e cheguei praticamente na hora da sessão. E não foi nada deprimente. Foi bem legal até :D
Acredito que o ano de 2016 me reservará agradáveis surpresas e este filme não foi nenhuma surpresa,  pois eu sabia que ele iria ser incrível. Primeiro, por conta do ator, Eddie Redmayne, e, segundo, por conta de toda a história envolvida. Eu sempre gostei muito de dramas, que me fizessem chorar, ou então, que me fizessem refletir sobre algo na vida. Este filme teve as duas coisas. Como eu havia dito, hoje foi um dia de primeiras vezes. Foi a primeira vez que eu vi um filme tratando sobre um transgênero. 
O filme é uma cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmaybe) que nasceu como Einar Wegener, um pintor com uma carreira em acensão, e sua mulher, Gerda Wegner (Alicia Vikander - Ganhadora do Oscar de Melhor atriz coadjuvante por este papel), que também era uma pintora. O filme foca no casal, e como eles se amam e parecem se completar. Só que em um determinado momento Gerda pede ajuda a Einar em uma pintura - ela pede que ele vista uma meia-calça e calce um sapato de mulher e pose para ele. É a partir daí que percebemos o desejo suprimido de Einar. Ele fica completamente extasiado com a sensação de ter aquelas peças femininas tocando o seu corpo. Ele naquele momento era Lili.
Gerda então pede que ele o acompanhe em uma festa vestido de mulher. Os dois tramam a "brincadeira" que iriam fazer. Brincadeira para Gerda, porém, Einar, estava levando tudo muito a sério. Gerda o ensinava como se portar, andar de salto, falar. E assim, os dois foram para a festa. É lá que tudo começa a se desenrolar de vez, pois finalmente Lili consegue sair do íntimo suprimido de Einar, e ganha vida.
A Garota Dinamarquesa foi um filme que me vi chorando não por conta de uma cena bonita, ou trágica, ou feitas propositalmente para chorarmos, não. Me vi chorando por conseguir sentir a dor de Lili através da tela do cinema. Eddie Redmayne estava completamente brilhante neste papel. Ele conseguiu interpretar Einar Wegener, porém, ele conseguiu ser Lili Elbe. Ele era ela em sua alegria, tristeza, dor, confusão e sofrimento por ter nascido no corpo errado. Duas cenas são visíveis a aversão aquele corpo que ele possuía, se não quiserem ler pulem a parte azul. A primeira foi quando ele se olhou na frente do espelho e escondeu as suas genitálias, tornando-se por ora uma mulher. É possível notar a sua satisfação em se olhar no espelho depois deste ato. E a segunda é quando ele vai para um local onde uma mulher fica se tocando - um local para voyeurs - e o que ocorre é que ele começa a imitar a mulher. A sutileza de sua mão, do rosto, do modo de seduzir. Até que a mulher do outro lado leva a mão até a sua genitália, e quando Lili a imita, ele rapidamente se reprime envergonhado e chora.
Antigamente as pessoas não compreendiam pessoas como Lili. Eles eram taxados de loucos, psicóticos, esquizofrênicos. E acho que eles realmente deveriam endoidar por não conseguirem ser compreendidos. É uma situação muito complicada e delicada.
Várias vezes fiquei olhando o filme do ponto de vista de Lili e do ponto de vista de Gerda. Para Gerda era algo completamente complicado entender que o seu marido estava se dizendo ser outra pessoa, uma mulher, e que ele não estava com o seu corpo correto. Era complicado entrar em casa e ver o seu marido vestindo roupas femininas, agindo como mulher. Mesmo sofrendo por dentro Gerda compreende a dor de Lili e a ajuda a tentar passar por esta fase, mesmo fraquejando em alguns momentos. Alicia Vikander estava magnífica em seu papel e o Oscar foi mais do que merecido.
Mas qual o motivo da história de Lili Elbe ser tão importante? Oras, ela foi a primeira pessoa a ser submetida a mudança de gênero. Algo que ela teve que ter muita coragem para enfrentar. Só sei que tive que me controlar na sala de cinema para não incomodar ninguém com o meu choro, pois a sala estava bem silenciosa. Então, se você quer ir para o cinema para ver um filme com excelente enredo, fotografia, figurinos e, principalmente, excelentes atuações, este filme é mais do que indicado. É um filme forte, corajoso e verdadeiro. Como Lili.