Cedido para Resenha,

Resenhando: Insana - Meu Mês de Loucura

17:44 Unknown 8 Comments


Olá pessoal, tudo bom?
Recebi da Editora Belas-Letras um livro bem diferente do que estou acostumada a ler. Insana - Meu Mês de Loucura. A capa é bem chamativa. Não tem como deixar de reparar no livro com uma capa vermelha vibrante e na contracapa escrito: A luta de uma jovem e promissora repórter contra uma das mais cruéis doenças que se pode imaginar.

Que doença?


Sinopse:
Insana - Uma jovem jornalista com uma carreira promissora em Nova York se vê aprisionada em sua própria insanidade com uma doença que nenhum médico consegue diagnosticar. A rotina no jornal onde ela trabalha é substituída por inexplicáveis alucinações, surtos e ataques de paranoia - os mesmos sinais atribuídos a casos de possessão. Poderia se tratar de um episódio de House, mas é a história de Susannah Cahalan, que escreve o período de terror em que se transforma em desconhecida para si mesma e seus familiares. Sem poder contar com a memória para escrever sua reportagem mais difícil, Susannah recorre aos próprios rascunhos do período em que esteve doente, além de relatos de médicos, familiares, namorado e documentos para construir um drama psicológico sobre os caminhos misteriosos e assustadores do nosso próprio cérebro.




Tudo começou com os percevejos. Iria começar a ter um surto de percevejos e Susannah Cahalan percebe dois pontinhos em seu braço esquerdo. Precisava retirar aqueles insetos de sua casa. Chamou uma pessoa responsável para revirar a sua casa e tirar aqueles insetos de seu lar. Nada. Certo, eles deveriam ter ido embora. Susannah trabalhava no The Post desde que estava na faculdade. Ela era ágil, competente e escrevia diversas matérias. Estava com uma vida independente e no início de seu namoro com Stephen.

Só que em alguns momentos ela estava agindo de forma estranha. Decisões que ela nunca tomaria em sua vida, como investigar o apartamento no namorado novo. Ou então, não conseguir se concentrar em seu trabalho. Perder o dia inteiro pesquisando coisas insignificantes. Algo que podemos declarar como normal. O que ninguém poderia perceber era que a doença já estava tomando conta de seu corpo. Aos poucos ela deixa de ser a Susannah de sempre. Está começando a achar que está sendo perseguida pelas pessoas, que seu pai é um impostor, e a se ver fora de seu corpo. A mudança de atitude alerta a todos, principalmente quando as convulsões começam. 

Esses foram uns dos primeiros sintomas que apareceram e que dificultaram totalmente o discernimento dos médicos, saindo de bipolar, bêbada à psicótica. A persistência de sua família de que ela estava doente - e não passando por um surto - foi fundamental para que ela não passasse o resto de sua vida com o diagnóstico errado em uma camisa de força.

Gente, esse livro é narrado pela própria Susannah. Porém, na época em que ela estava passando pelo tratamento, ela não era realmente ela. Era uma pessoa totalmente estranha. Como uma pessoa pode passar tanto tempo perdida em seu próprio corpo? Ela teve que utilizar as anotações que seu pai e sua mãe faziam. E alguns rabiscos feitos por ela, que não tinham nenhum nexo. O local onde aconteceu o tratamento de Susannah, na área dos epilépticos, continham várias câmeras. E por conta desses monitoramentos, o quebra-cabeça foi formado.

Ela utiliza dados com embasamento científico. No final do livro mostra os locais que ela pesquisou para relatar sua história. Tem alguns desenhos, imagens histológicas - de células. É muito bem explicado e detalhado. Para quem gosta de House vai perceber que essa parte da vida de Susannah poderia ser algum episódio de House. Onde uma equipe de médicos tenta descobrir qual seria a doença misteriosa.

Não irei falar qual foi a doença. Mas é uma doença ingrata, que retira totalmente a nossa personalidade, motilidade e o poder da fala. E que se diagnosticada de forma errada - como psicose - pode ser fatal. É um alerta para o sistema médico em que todos nós vivemos. Onde um médico tem que atender em média num dia 20 pacientes. A história de Susannah foi fundamental para o aprofundamento da doença, - onde somos traídos pelo nosso próprio corpo - e que salvou a vida de muitas pessoas. 


Com o entendimento da doença, agora podemos nos perguntar:

Quantas pessoas estão agora em um sanatório, ou tidas como epilépticas, quando na verdade estão doentes? 

Uma doença que ainda precisa ser compreendida. Onde em alguns casos, mesmo tratada, a pessoa nunca volta a ser o que era antes.
"Quantas pessoas ao longo da história terão sido "exorcizadas" e então deixadas para morrer quando não melhoravam? Quantas pessoas estão em alas psiquiátricas e casas de enfermagem neste momento? (...)"
A Editora Belas-Letras está de parabéns por tudo. Por terem lançado esse livro que é muitíssimo interessante - gosto de aprender coisas novas - e sobre a diagramação. Que ficou muito bacana.
Para quem não sabe o livro irá ser adaptado e quem irá interpretar Susannah será nada mais nada menos do que Dakota Fanning!
Leiam e não se arrependam!


Olha só que legal!

8 comentários:

  1. Oi, tudo joia?
    Esse é o tipo de livro que eu raramente leio, não sei explicar bem o motivo haha, nunca tinha visto nada sobre essa obra, mas acabei ficando um pouco curiosa. Gostei bastante da sua resenha, ficou muito bem escrita, vou anotar a indicação;

    Beijos
    http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/

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  2. Olá!!

    Eu não tenho costume de ler esse tipo de livro, mas não é por falta de indicação sabe?
    Gostei do enredo, parece ser muito bem escrito o livro. Fiquei bem curiosa em relação a essa doença e saber como foi o desfecho de tudo.
    Sua resenha está ótima!


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  3. Oi Jéssica, sua linda, tudo bem?
    Nossa, fiquei impressionada com a história dela. E assutada em imaginar o número de pessoas que foram diagnosticadas de forma errada. Você falou no Hause que é uma série que eu gosto muito. Engraçado, sempre quando eu vejo um episódio, eu fico pensando: e se fosse na vida real, um médico não iria perceber o que ele percebe, não iria investigar o que ele investiga. E você acabou de trazer um caso real. E isso é só uma doença. Imagine quantas outras existem. Adorei sua resenha e quero muito ter a oportunidade de ler esse livro.
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  4. Oie, tudo bem?
    Já tinha ouvido falar sobre esse livro e confesso que não tinha me interessado muuuito por ele. No entanto, sua resenha me fez perceber que, apesar de ser um livro diferente do que estou acostumada, seria uma ótima leitura (acredito que de vez em quando é bom sair da zona de conforto). Fico me perguntando como deve ter sido para a família de Susannah, e também para a própria personagem lidar com tudo isso. Sem dúvidas deve ser um livro forte e intenso, mas estou curiosa para descobrir como tudo se resolveu e a doença foi diagnosticada. Já anotei na listinha e vou pesquisar mais sobre a obra.


    Beijos
    Blog Procurei em Sonhos

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  5. Ola Jess o que me deixou muito curiosa com relação a esse livro foi a própria protagonista relatar o livro, em sujas crises os parentes contam, quero muito ler, sai um pouco de minha zona de conforto mas me deixou bem ansiosa para saber como foi a vida dela . beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  6. Não sou muito fã de biografias e acredito que não leria essa nem que me pagassem. Não pq acredita que ela seja ruim, mas parece ser muito densa e até angustiante, apesar do mistério envolvido eu não me sentiria confortável lendo esta história, sem contar que parece um pouco confusa

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  7. eu gosto de dr. house, mas não me interessei pelo livro. acho que tem que ser algo bem chamativo nesse estilo pra me chamar a atenção.
    o fato da história ser real dá um peso muito grande a situação, da personagem e livros assim não são muito meu estilo.
    por isso passaria longe, mas para quem gosta espero que seja uma boa pedida.
    Seguindo o Coelho Branco

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  8. Oiii Jéssica!
    Adorei a resenha. Estava super ansiosa para ler, e agora estou mais ainda!
    Interessante ser contada em primeira pessoa também.
    Beijos

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