O sol é Para Todos,

Resenhando: O Sol é Para Todos

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O Sol é Para Todos é um livro que se trata sobre justiça. Qual será a justiça que deve prevalecer? Quando o direito de uma pessoa passa a valer menos devido a cor de sua pele? Esta história apresenta temas pesados como preconceito racial e estupro, porém é narrada por uma criança, Scout, o que fez com que tudo fosse mais suavizado. É interessante também notar que o fato de ter sido narrado em primeira pessoa por uma menina inocente nos faz compreender que o preconceito e injustiça são aos poucos moldados dependendo do meio em que nós convivemos, e, se tivermos a mente aberta, ainda não contaminada podemos enxergar o mundo de uma outra forma.

A capa do livro é em referência ao título em inglês "To Kill a Mockingbird". No livro falam sobre um passarinho que não faz mal a ninguém e nem a outros animais e como seria injusto matá-lo.


Na primeira parte da história nós somos apresentados ao local onde vive Scout, Jem - seu irmão - e Atticus - seu pai advogado -, Maykomb no Alabama em 1930. Nós passamos a entender o contexto histórico e até mesmo as relações entre cada morador. Esta parte se faz importante para sabermos como é que as pessoas daquela época pensavam, seus modos e assim a história se torna fluida. É bom poder participar das brincadeiras que Scout e Jem criavam, muitas vezes elas terminavam em confusão. Mas, não tem como parar a curiosidade de quando se é criança.

Você não se dá conta sobre o que o livro irá se tratar - ao menos que já tenha lido algo a respeito - já que o preconceito aparece de formas sutis e poucas vezes.  Aos poucos o tema é aprofundado, muito mais na segunda parte.

Quem já pesquisou algo sobre o livro já sabe que ele é famoso por se tratar de um advogado - o pai de Scout - que defende um homem negro que está sendo acusado de estuprar uma menina branca. Nesta parte da história nós percebemos o quanto o preconceito estava instalado até mesmo em Scout - já que ela fica indignada quando passam a chamar o seu pai de adorador de negros. Mas aos poucos ela vai compreendendo que o que realmente estava em jogo ali era a vida de uma pessoa inocente que nada havia feito de errado, apenas nasceu com a cor mais escura. É este ponto de vista de Scout que faz com que reflitamos sobre a real justiça. Será que realmente ela existe ou está mascarada com os preconceitos que levamos durante a nossa vida?

Muitas vezes somos levados a acreditar em algo que não existe, muitas vezes vamos de encontro ao que é certo e até mesmo deixamos de lado a nossa consciência. E por qual motivo? Muitas vezes não compreendemos, outras é por medo de pensar diferente das outras pessoas. Estamos sempre imaginando o que os outros pensarão de nós terminando por fim fazendo a escolha errada.

Eu li o Sol é Para Todos com muito gosto. Adorei a escrita e a forma como todo o contexto foi introduzido e destrinchado. Mesmo com este tema de injustiça racial o livro nos deixa com uma ideia de esperança para o futuro, as futuras gerações. Tem até um filme que estou querendo muito ver!

Olha só que legal!

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